A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) tornou públicas duas condições médicas crônicas que enfrenta: a Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) e a Síndrome da Taquicardia Postural Ortostática (POTS). Ambas são consideradas doenças raras e complexas, que podem afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Síndrome de Ehlers-Danlos (SED)
A SED é um grupo de distúrbios genéticos que comprometem o tecido conjuntivo do corpo — responsável por dar e e elasticidade à pele, articulações e vasos sanguíneos. Seus sintomas variam conforme o subtipo, mas incluem hipermobilidade articular, pele muito elástica e frágil, dores crônicas, fadiga intensa e, em casos graves, risco de rupturas arteriais e complicações internas.
O tratamento da SED demanda acompanhamento multidisciplinar, com fisioterapeutas, cardiologistas, neurologistas e psicólogos, entre outros especialistas, visando aliviar os sintomas e evitar agravamentos.
Síndrome da Taquicardia Postural Ortostática (POTS)
A POTS é uma disfunção do sistema nervoso autônomo, que causa um aumento anormal da frequência cardíaca ao se levantar, sem queda significativa da pressão arterial. Os pacientes sentem tontura, palpitações, fadiga, náuseas e sensação de desmaio.
Estudos apontam que até 25% das pessoas com POTS também apresentam o subtipo hipermóvel da SED, sugerindo uma ligação entre as duas condições.
Impactos na vida de Carla Zambelli
Além dessas síndromes, Zambelli revelou que sofre de depressão, o que pode agravar os sintomas e dificuldades do dia a dia. A deputada alegou que suas condições médicas a impediriam de sobreviver em ambiente carcerário, apresentando documentos que comprovam seu estado de saúde.
Essa revelação reacende o debate sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para doenças raras, muitas vezes desconhecidas pelo grande público, mas que afetam profundamente a vida dos pacientes.